A Cultura de Jagannath
AULA COM RAHUL ACHARYA (12 Dez 2020)
Falando sobre Jagannath, minha experiência pessoal estando tão intimamente associado com o templo e a minha pesquisa pessoal me conferiram tanta informação que fica difícil para mim expressar esse tipo de informação em um tempo tão curto. Considerando os 4 tópicos que Silvana me deu, eu tentarei tocar cada tópico, mas, por favor, entendam que tudo que eu falar serão literalmente insights sobre esses tópicos. Porque aprofundar-se nesses tópicos requer várias aulas para terminar, mas é um assunto que nunca acaba. Então, antes de entrar no tema de Jagannath, vamos entender o quão importante é o estado de Orissa no mapa da Índia.
O popular Kapila Samhita diz que entre os países a Índia é suprema, ela reina suprema por causa do dom do conhecimento transcendental que o país exala. Dentro da Índia, Utkala (antigo nome de Orissa) reina suprema. E não há nenhum outro país na terra que se equipare à terra de Utkala. E por quê? Por causa do Templo do Lord Jagannath. É lá que Deus rege a terra de Utkala como um imperador. Por isso os Reis de Orissa, quando eles assumiam o trono da terra de Orissa, eles não eram nunca coroados. Porque Jagannath era o rei supremo. Depois da instalação de Jagannath, depois que o templo de Jagannath foi construído, os reis de Orissa declararam soberania a Jagannath. E é por isso que os imperadores de Orissa se auto-declaravam como ‘superintendentes’ do reino de Jagannath ou protetores do reino de Jagannath. Entre os destinos de peregrinação Purushottama ou Puri é o maior. E entre todos os deuses Purushottama ou Jagannath é o maior.
Se viajarmos através da terra (…) da Índia, os maiores centros de peregrinação para um devoto do hinduísmo, há 4 importantes centros de peregrinação que se deve visitar enquanto se está vivo: no norte está Badrinath, no oeste está Dvarakana, no sul fica Ramanata e no leste, Jagannath. Vamos entender os nomes dos deuses aqui. Badrinath significa esse local ou área onde o Senhor descansa. Essa área ou Ele mesmo é chamado de Badrinath. Porque Krishna governa o templo de Dvaraka, Krishna estabeleceu o reino de Dvaraka, por esta razão ele é chamado de Dvarakanathi. No sul, porque o Senhor Rama colocara uma deidade de Shiva, um Shivalinga ali, antes de ir ao Sri Lanka travar uma guerra contra Ravana, esse lugar é conhecido como Ramanata. Assim, todos esses 3 lugares são muito regionais, os deuses são muito regionais, todos são conhecidos pelo nome da localidade. A deidade que encabeça, ou a deidade principal de Badrinath é chamada Badrinarayana. Em Dvaraka, é chamada Dvaraka risha. Aqui só se encontra Dvaraka, se adora Dvaraka. Ramesvaram, é chamado Ramanatha. Mas em Orissa, em Puri, não é conhecido como Purinata ou Orissanata mas Jagannath. Portanto a palavra Jagannath significa Senhor do Universo.
E esse templo, de acordo com fontes como os Puranas, foi fundado no início da criação. Há um mito ou crença popular que esse era um templo de Krishna, o que não é fato. Na verdade, Jagannath, a cultura de Jagannath é tão flexível que cada braço religioso dentro do hinduísmo abordou Jagannath e encontrou em Jagannath uma forma de deidade de sua própria adoração. Para os Vaishnava ou seguidores ou adoradores de Vishnu, Jagannath é considerado uma forma de Vishnu. Para os seguidores ou adoradores de Krishna, Jagannath é considerado uma forma de Krishna. Para os seguidores da tradição tântrica, Jagannath é visto como Mahakali. Para os seguidores de Shiva, Jagannath é visto como sendo uma forma de Pashupati ou o próprio Shiva. Para os adoradores de Ganesha, Jagannath é considerado uma forma de Ganesha. Para os adoradores de Surya ou seguidores da tradição Saura, os adoradores do Sol, Jagannath é visto como sendo uma forma de Surya. E quando eu vejo isto, isto não é somente uma filosofia mas na verdade, por diferentes fases do ano, Jagannath é adorado nessas formas. Para confirmar este fato, o dhyana sloka ou descrição de Jagannath foi tomado desta maneira. Ele diz (em sânscrito). Eu não vou traduzir todo o sloka, vou extrair algumas traduções relevantes. Os Vaishnavas ou adoradores de Vishnu, ele é visto como Lakshmipathi ou o próprio Vishnu. Os adoradores de Shiva, ele é visto como Pashupati. Para os Shaktas, ele é visto como Adi Mahavidya, ou a deusa suprema Mahakali, a forma suprema de conhecimento secreto. Para os Budistas, Jagannath é visto como uma forma de Budha. Para os crentes do Jainismo, Jagannath é considerado como o primeiro Tirtankara ou o mestre espiritual chamado Rishavadeva. Assim, Jagannath é verdadeiramente acessível para todos os braços religiosos, não somente dentro da tradição hindu, mas também além da tradição hindu.
Houve muitas descobertas históricas, vocês sabem, sábios e filósofos de diferentes tradições que vêm a Puri para estudar os Vedas e entender Jagannath. Na verdade, minha pesquisa pessoal me levou à revelação de que há registros de Jesus Cristo vindo e permanecido em Puri para aprender os Vedas e ficado em Puri por 7 longos anos. E há na verdade registros históricos que eu descobri do próprio Vaticano.
Não somente por causa do templo de Jagannath, Puri é na verdade o centro de conhecimento védico mais antigo e importante. Acredita-se que esse templo tenha sido fundado e se estabelecido no início da criação, que é Satya Yuga pelo Imperador chamado Indra Dyumna. Indra Dyumna chefiou a Índia central, um lugar chamado Avanti que hoje é Udja, Madhya Pradesh. Antes de Indra Dyumna descobrir a deidade de Jagannath, ele era adorado como Nila Madhava, muito secretamente por um clã tribal em Orissa chamados Sovara. Jagannath, onde o templo está agora, se vocês já viram o templo de Jagannath, a foto do templo (…). -Sim. Porque se eu começar a mostrar imagens, nós não teremos tempo de falar.
Esse templo é construído no topo de uma montanha chamada Niladri, a montanha azul. E onde o templo está agora, antes havia uma caverna ali e, dentro da caverna, Jagannath era secretamente adorado. Essa deidade em particular, acredita-se que fosse feita de safira. E as pessoas da tribo local tomavam conta da deidade e a deidade também era adorada pelos deuses que desciam dos céus para adorá-la secretamente. Quando Indra Dyumna, que era um grande devoto de Vishnu, quando ele soube desse lugar, ele enviou um de seus embaixadores, o irmão mais novo do seu guru, Vidyapathi, à procura deste lugar em particular. Quando Vidyapathi encontrou o lugar, Nila Madhava estava sendo secretamente adorado pelo Imperador Sobara, Visuavasu. Eu não vou entrar em detalhes sobre como essa descoberta aconteceu pois demoraria horas para dar detalhes. Mas assim que Vidyapathi achou Nila Madhava e viu Nila Madhava, a deidade desapareceu.
Imediatamente depois que Vidyapathi deixou Puri, houve um ciclone gigantesco e toda a cidade de Puri ficou submersa sob a areia. Quando Indra Dyumna chegou para descobrir Puri, já não havia nada a não ser areia. Quando Indra Dyumna chegou a Puri, ele foi guiado pelo sábio divino, o sábio celestial Narada. Como Narada era ele mesmo diretamente ligado a Vishnu, Narada contou a ele a localização exata onde Nila Madhava estivera. Havia 3 pontos em volta daquele lugar que não ficaram submersos sob a areia. Um deles era a grande árvore de Kalpavriksha que sobreviveu à dissolução ou Pralaya. Kalpa significa tempo. Aquele que sobrevive ao tempo. O lago de onde a água do dilúvio vem e para o qual retorna, aquele lago estava lá. Esse lago em particular era chamado Mohinikund e o templo Narasimha. Todos essas 3 coisas ainda podem ser vistas dentro das instalações do templo de Jagannath, Então, quando Narada mostrou essas 3 coisas para Indra Dyumna, ele pediu a Indra Dyumna para organizar um grande Yagya ou uma grande cerimônia de sacrifício de fogo.
Depois que a cerimônia de Yagya terminou, um tronco de madeira foi encontrado boiando no mar e o tronco de madeira tinha sinais da arma divina de Vishnu. Narada informou a Indra Dyumna que a deidade ou a forma de Jagannath seria esculpida a partir deste tronco de madeira. Nesse momento Indra Dyumna ficou confuso porque nenhum ser humano seria capaz de cortar a madeira. Assim o arquiteto celestial Vishvakarma desceu à terra para esculpir a deidade. Demorou 10 dia para Vishvakarma pensar sobre o que esculpir a partir do tronco de madeira.
No 1o. dia Vishvakarma pensou que faria uma deidade do sol porque o sol é o único deus visível a olho nu, nós o podemos vê-lo diariamente. Mas então Vishvakarma disse eu não esculpirei uma deidade do sol porque será muito sectário, somente algumas pessoas que consideram o sol como importante virão a este templo.
No 2o. dia ele pensou que iria esculpir uma deidade de Agni ou fogo. mas aí ele disse, o fogo não pode ser um deus completo porque o fogo não vê o que é bom ou ruim, ele queima tudo.
No 3o. dia ele pensou que iria esculpir somente uma árvore a partir do tronco de madeira. Mas aí ele disse, não porque adoração à árvore só é vital para a tradição Védica. Então aqueles que seguem a parte Tântrica da tradição não adorarão à árvore. E quando eu digo parte Tântrica são aquelas pessoas que consideram que Deus é uma mulher com Prakriti ou “natureza”. Assim se há um Deus e se Deus tem um gênero, então tem que ser uma mulher na tradição Tântrica. A filosofia ou escola deles é exatamente o oposto do que a tradição Védica nos ensina a fazer.
No 4o. dia ele pensa em esculpir uma deidade de Vishnu, mas ele diz que são somente os seguidores de Vishnu que vão considerar este templo importante.
No 5o. dia ele queria esculpir uma deidade de Shiva. Shiva nos Vedas é conhecido como Rudra. A palavra rudra significa alguém bravo. Então Vishvakarma diz: Deus não pode nunca estar bravo.
No 6o. dia ele pensou em esculpir a deidade de Yoga Murti mas ele disse que somente aqueles que seguem a parte Yogi ou que são praticantes Yogi virão. Os outros não virão, então não.
No 7o. dia, ele pensa em esculpir a deidade da deusa cósmica Bhuvaneshvari. Mas ele diz, não, isto também não é possível porque somente adoradores tântricos virão ao templo, o restante não virá.
No 8o dia ele pensa em esculpir a deidade de Ganesha porque Ganesha é o removedor de obstáculos e não tradição hinduísta nós não reverenciamos nenhum deus antes de terminar nossa reverência a Ganesha. Mas a Ganesha ele também disse não, porque somente aqueles que acreditam na superioridade de Ganesha virão a este templo.
No 9o. dia ele disse: Eu farei um Yantra. Se algumas de vocês praticam Yoga, vocês saberão o que são esses Yantras. Yantras são basicamente padrões geométricos considerados como sendo sementes de Deus. Mas aí ele disse que como os Yantras são muito tântricos em sua natureza, somente adoradores Tântricos virão a este templo.
No 10o. dia ele disse chega! Eu já pensei demais. Eu vou esculpir uma deidade de Om. Por fim, ele se decidiu porque o símbolo OM é importante para todos independentemente da tradição que segue. E é assim que a deidade é adorada. Vou compartilhar minha tela. Vocês vêem esta estrutura?
É assim que Om/Aum é escrito em Devanagari (ॐ). O alfabeto no qual sânscrito é escrito. Então aqui diz (em sânscrito). A é a primeira letra do Devanagari. Como A do português. U é a boca. M é a face (…). Nada Bindu é o ponto. AUM. Aquele que é descrito como Purushutaman ou o senhor supremo nos Puranas tem a estrutura (forma) do OM.
Upanishads são textos muito importantes depois dos Vedas. Esta deidade é muito mais completa que qualquer outra independentemente do deus que se adora ou da tradição que se segue, eles consideram Jagannath como seu próprio deus. Deus não tem gênero, Deus não é nem homem, nem mulher. Assim, Jagannath é considerado o melhor entre os homens ou Purushottama, mas ele se veste como uma mulher, ele veste um Sari como uma mulher. Ele não tem uma forma humana como os deuses hindus são sempre retratados. Na verdade, em certos dias como Janmashtami ou o aniversário de Krishna ou Rama Navami, que é o aniversário de Rama, Jagannath recebe uma refeição especial. E esta refeição tem valores medicinais que reduzem a dor do trabalho de parto. Então veja como este conceito é interessante. O deus recebe remédios especiais que reduzem a dor do trabalho de parto porque no dia seguinte ele dará a luz a ele próprio. Assim, Jagannath age como sua própria mãe a dar a luz a ele mesmo. Isso dá início à Iconografia Tântrica de Jagannath.
Esta cidade templária de Puri tem na verdade o formato de uma concha (aquelas grandes de caramujo que se sopra). É por isso que Puri é chamada Shankakshetra. Esta cidade templária tem as ashta shaktis ou as 8 deusas que guardam as 8 direções. E o templo é na verdade construído no formato de um Yantra. Para ser bem específico, o templo é um Bhairavi Yantra. Bhairavi é uma das Dasha Mahavidyas. O 5o. Mahavidya é Bhairavi. Na tradição tântrica, aquela que adentra o Bhairavi Yantra se torna um Brahmim. Na índia, nós temos o sistema de castas baseado na divisão do trabalho. Os Brahmins são a casta mais alta, a casta dos professores. São aqueles que podem se tornar sacerdotes. Com o passar do tempo, a divisão do trabalho ficou muito severa na Índia e as pessoas nascidas em castas inferiores não podiam adorar os deuses sem a ajuda dos Brahmins. Então as pessoas consideradas intocáveis pelas castas superiores não podiam adentrar os templos. Mas no templo de Jagannath, por ser um templo tântrico, ninguém era impedido de entrar.
Esta é a Iconografia tântrica do templo de Jagannath, onde há, no centro, 3 deidades, no centro principal: Balabhadra, Subhadra, Jagannath. Balabhadra é considerado do 2o. Mahavidya ou Tara. Subhadra é adorada como a 4a. Mahavidya, Bhuvaneswari. E o próprio Jagannath é considerado o Mahavidya supremo, Kali. De acordo com um texto tântrico muito importante chamado o Mahanirvana tantra, ele diz (em sânscrito). Este é o sloka em sânscrito do que eu acabei de explicar. Na verdade o local onde a comida é ofertada a Jagannath e os rituais em que esta comida está, as tradições e os rituais em que a comida é ofertada são de natureza totalmente tântrica.
Até quando as Devadasis, ou dançarinas templárias entram o templo para apresentar seu trabalho devocional (seva), elas entram pelo portão oeste do templo. O portão oeste quando os praticantes do tantra fazem seus rituais, eles se voltam para o oeste. Os rituais védicos acontecem de manhã. Os praticantes védicos, enquanto praticam seus rituais, eles se voltam para o leste. Porque o leste é a direção do sol nascente e assim representa o dia. E as práticas tântricas acontecem à noite. Oeste é a direção do sol poente, consequentemente representa a noite. Os praticantes do tantra se voltam para o Oeste quando fazem seus rituais. Quando as devadasis entram o templo de Jagannath elas entram através do portão oeste.
O templo de Jagannath, na tradição sânscrita, é chamado Sri Mandiram. Sri, aqui, representa Bhuvaneswari. Então o templo na verdade pertence a Subhadra e não a Jagannath. Quando você entra a centro principal, você não vê a deidade de longe. Somente metade de Jagannath e metade de Balabhadra são visíveis. Só Subhadra é visível por inteiro. E a cidade de Puri é chamada Sri kshetra. Sri é representada por Vimala. Vimala é a rainha de Puri.
Há 49 tantra pitas em toda Índia. Eu não vou contar a história, Silvana, você pode contar depois sobre os tantra pitas, mas eu direi que quando Sati se jogou no funeral, no fogo cerimonial de Dhaksha Yagna. Quando Shiva ficou sabendo disso, ele ficou furioso e começou a destruir o universo todo com sua dança. Ele levantou metade do corpo de Sati sobre seus ombros enquanto dançava. Para impedir a destruição antes do tempo, Vishnu enviou seu Sudashna Chakras para cortar o corpo de Sati em diferentes partes. O corpo de Sati foi dividido em 49 partes e essas partes caíram em locais diferentes pela Índia, o que originou os Pitas. Na verdade eles se tornaram importantes centros de adoração tântrica. Duas partes do corpo de Sati caíram em Orissa. A parte do umbigo da Sati caiu num lugar chamado Jajapur, e foi chamado de Biraja. Somente os pés ficaram no corpo de Shiva e quando Shiva estava cruzando Puri, Vishnu o parou e lhe contou tudo. É que Shiva estava dançando tão freneticamente que esqueceu que o corpo de Sati tinha sido cortado e havia caído em diferentes lugares. Vishnu disse: Esta é Puri onde eu vivo eternamente. Somente os pés de Sati estão pendurados no seu corpo, então coloque-os aqui e volte para sua casa, porque você sabe que Sati renascerá como Parvati. Então este lugar onde o próprio Shiva manteve os pés de Sati, ela se tornou Vimala.
Então, agora este lugar ficou famoso como Odiana. Esse Templo está dentro das dependências do templo de Jagannath. E Jagannath é chamado de Odisha. Odisha significa o Deus de Odiana. O nome do estado de Orissa vem do nome de Jagannath como Odisha. Na verdade este é o lugar que deu origem ao budismo Tântrico conhecido como Vajrayana. E a partir daí o budismo Tântrico se espalhou pelo Tibet, pelo Japão, China e se espalhou por todo mundo.
Vimala é tão importante que a comida oferecida a Jagannath não é colocada ou não é considerada sagrada até que ou antes que ela seja oferecida a Vimala. Somente depois de ser oferecida a Vimala ela se torna Mahaprasad. Nenhuma comida consagrada oferecida a ninguém é chamada Mahaprasad. Somente comida consagrada de forma soberana, essa etimologia só é aplicável à comida oferecida a Jagannath dentro do templo de Jagannath em Puri exclusivamente. Se eu tenho um Jagannath na minha casa, se eu tenho um templo Jagannath na minha casa e eu ofereço a comida a Jagannath, ela não pode ser chamada Mahaprasad
Somente a comida oferecida a Jagannath no templo de Puri é chamada de Mahaprasad porque ela é oferecida a deusa Vimala também. Porque essa comida é consagrada pela mãe divina, ela é chamada de Maprasad e depois Mahaprasad.
(Versão em português por Rita Barga)
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Rahul Acharya é um dos solistas de Odissi mais amados e populares na arena internacional da atualidade. O mundo o conhece afetuosamente como o Dançarino Divino. Ele é estimado por seu domínio sobre os aspectos técnicos de Odissi e pela exibição de emoções sublimes. Suas performances são estimadas em todo o mundo por sua beleza, talento artístico, habilidade técnica e a força espiritual com a qual são imbuídas.
Rahul começou seu estudo de Odissi aos 4 anos de idade com o Guru Durga Charan Ranbir e ainda hoje trabalha com seu Guru. Estuda os aspectos teórico e literário da dança com o renomado estudioso de sânscrito Pandit Nityananda Mishra. Entre as principais homenagens recebidas por ele está:
– 1º. dançarino de Odissi a receber o prêmio Ustad Bismillah Khan Yuva Puraskar do Sangeet Natak Akademi, Nova Delhi (2009)
– prêmio Ram Gopal de Melhor Dançarino pela Sociedade de História da Dança da Índia (2013)
– prêmio Aditya Vikram Birla Kala Kiran
– um dos melhores artistas da Doordarshan (2013)
– pr~emio Guru Kelucharan Mohapatra Yuva Puraskar (2014)
Reconhecido internacionalmente como um artista virtuosístico, apresentou-se na Europa, Ásia, África, Oriente Médio, América Central, América do Sul e Estados Unidos. Rahul dançou extensivamente na Índia, participando dos mais celebrados festivais como solista, entre eles destaca-se:
– Festival de Dança Khajuraho, Série Parampara de Natya Tarangini
– Festivais patrocinados pela Sangeet Natak Akademi
– Festival de Dança Kumbhalgarh
– Festival Mudra, Kalidas Samaraho
– Festival Natyanjali
– Festival Mukteshvara
– Festival de Konark
Conduziu vários workshops, seminários e palestras em diversos centros culturais e em universidades ao redor do mundo. Rahul faz parte do Conselho Internacional de Dança da UNESCO, e desde 2003, ele é Artista do Conselho Indiano para Relações Culturais (ICCR). É membro do Movimento Mundial pelas Belas Artes da Índia, na Itália. É autor, contribui regularmente para várias revistas e é co-autor de um livro oficial sobre Jagannatha Puri e atualmente está trabalhando em um volume definitivo sobre a dança Odissi.
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