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      Yoga é um sistema de métodos para aqueles cujo objetivo principal da vida é a libertação! Funciona como uma lanterna na noite escura garantindo um caminho seguro para pisar e continuar caminhando.
    Todos nós estamos em busca de algo que no yoga chamamos de auto realização, porém nos acostumamos a buscar estas realizações fora de nós mesmos, acreditando que tais conquistas poderão nos preencher, mas a cada desejo realizado, outro nasce, gerando um ciclo interminável que sempre te fará querer "algo mais". Claro que devemos nos organizar para ter uma vida material acolhedora em desenvolvimento, e o Yoga te ajudará a alcançar isto também, mas o que mais importa é progredir na organização interna, e expandir a sua consciência sobre a sua realidade.

  A palavra Yoga provém da raiz sânscrita yuj, que significa"atrelar","juntar" "unir", também pode significar "adequar"e"preparar", é tudo isso que o Yoga faz conosco. De uma maneira única a prática constante e presente te faz conhecer melhor o seu corpo, entender os processos subjetivos que ele vem tentando compartilhar, os diálogos emocionais passam a ser bem mais claros, e a conexão com nosso Eu interior aumenta, nos fazendo chegar a maior e verdadeira percepção de QUEM EU SOU, logo as perturbações trazidas pelo mundo são atenuadas e passamos a ter mais paz de consciência sabendo que estamos exatamente onde devíamos estar, cada um em sua experiência única e singular.

    Como vimos acima, frequentemente, há no Yoga, uma circundação pela ideia do Self, Eu interior também chamado de "atman" em sânscrito, esse algo que parece estar oculto em nós e o yoga a meditação vão me ajudar a revelar esse "si mesmo". Mas o que é esse si mesmo? Esse Eu? Esse selfie? Ele está estaticamente oculto em mim, ou está em um latente devir?      

Quando éramos criança ele já estava comigo, obvialmente, mas será que ele era um Self de criança ou já era esse Self de agora mais maduro?
Será mais provável que esse Self esteja em desenvolvimento simbiótico com meu corpo, incorporado em mim?
    Mais, como será possível cuidar melhor dele? Cuidar verdadeiramente de Si? Qual é a acesse, a prática, o jeito de viver para que esse si seja cuidado, e se revele na sua plenitude? É possível então desenvolve-lo com habilidades e potências e chegar a alcançar a libertação passando assim a ser um iluminado? E o que é ser um iluminado? É  alguém que não sofre mais? É alguém que entrou em contato com esse Self e por isso está liberto do sofrimento?

Ou será que a liberdade é se conectar com o Eu interior para aprender a viver nesse fluxo de alegrias e sofrimentos?
 

 

 
 
 
 


 

Os quatro períodos históricos do Yoga

         

      O primeiro período histórico aconteceu antes de Patanjali, antes da chegada da sociedade Védica (Vedas, Upanishads. A Índia era um país descentralizado e o Yoga Aborígene, como podemos chamar, era praticado por diversas etnias, tradições, povos nativos diversos, que apresentavam culturas distintas com diferentes formas de viver, de se vestir, de se alimentar, de amar, de guerrear, e assim também cada sociedade, naquele continente Indiano,  tinha a sua forma singular de pensar, praticar e viver o Yoga.   
   O segundo período histórico foi marcado pela chegada da cultura Védica, altamente burocratizada, organizada e sistematizada em castas, efetivando a imposição de sua forma de viver para essa outras diversas formas plurais de sociedades que já existiam e que foram suplantadas pela cultura Védica. Esse fato se assimila a história do descobrimento do Brasil, que na verdade foi uma invasão dos portugueses as terras indígenas e imposição de sua cultura as nações que ali já habitavam. 

   A Cultura Védica se tornou tão conhecida porque implementou a escrita, a tão usada tradição oral - paramparam - começou a ser catalogada a punho humano. Nos vedas das Upanishds há a descrição de homens vestidos de ar, nus ou seminus, com cabelos longuíssimos, se opondo absolutamente dos sacerdotes bhrâmanicos, que são carecas e que tinham a prática muito mais ligada a magia do que a buraocratização religiosa. Então um brâmane chamado Patanjali vai sistematizar, pela primeira vez, toda aquela diversidade, pluraridade do Yoga Antigo num livro, chamado Yoga Sutra, composto por  196 aforismos, pequenas frases, que ficou considerado como Raja Yoga - Yoga Real, da nobreza, porque, claro, foi organizado por alguém da alta casta. 

   E aqueles povos antigos eram ditos sem casta, ou como da última casta, já que foram suplantados por uma organização social, política, econômica e religiosa dos vedas. Então o Yoga passa a fazer parte deste núcleo histórico, oficialmente, como um Dársana -  uma das seis escolas tradicionais da filosofia hindu. Pela primeira vez, resquícios da cultura daqueles yoguis primitivos da Indía, passam a fazer parte do panteão da filosofia hindu.

   O terceiro  período histórico é o pós clássico, pós moderno ou Yoga Medieval que será calcado na forma de pensar o Yoga dos Hatha Yoguis - tres livros clássicos nascem desse período: Hatha Yoga Pradipika, Gheranda Samhita e Shiva Samhita. Quais são as inlfuências desse período histórico do Yoga? O Trantra - uma religião que valoriza muito o corpo, divergindo do Raja Yoga que interpreta o corpo como impecílio para a acenssão espiritual, um receptáculo das impurezas que precisa ser purificado pelas práticas do yoga; já para o Tantra o corpo é o único veículo para se acender espiritualmente.
   Outra influência desse período histórico são os Sufistas - a parte mística do Islã, ou dos mulçumanos que, ao contrario dos sacerdotes extremamente burocráticos, acreditam poder estabelecer uma relação direta com o divino, ou energia espiritual, sem a intermediação dos sacerdotes.
    Os Budistas ocupam um lugar bastante relevante nesse montante de influências do período pós clássico, medieval, porque desfere feroses críticas a sociedade estratificada, dividida em castas, sustentada pelos brâmanes, os burocratas sacerdotes.
   Então o Hatha Yoga  vai ter significativo mérito por conduzir ao yoga alcance de todas as castas passando a ser um yoga muito mais horizontalizado. Não queremos  com isso menorprezar o Raja Yoga, Patanjali e sua codificação que foi imprescindível para o yoga, porém sustentava um posicionamento muito moralista, disciplinador, ditando regras de condutas, ditando o que é certo e o que é errado: os yamas e nyamas, por exemplo, determinando um caminho óctuplo para conseguir Kayvalya - a libertação.

   Outra influência de extrema importância é a Medicina Ayurveda que vai ajudar o Hatha Yoga a prolongar a vida do corpo, considerando a alimentação, e outros hábitos equilibrados como  um sistema de cura que prioriza  a prevenção das doenças, nesta ciência, acredita-se que não é preciso estar doente para se curar, mas sim se curar antes de ficar doente. 

   O quarto, e último, período histórico é o Yoga Moderno, ou Yoga Postural Moderno, quando os asanas, as posturas do yoga passam a ganhar uma relevância ainda maior, e acontece um marco na história, Vivekananda, discípulo de Ramakhrisna, recebe um convite para participar do Primeiro Parlamento Mundial das Religiões em 1896. Se dirige então para uma outra sociedade que não conhece o Hinduísmo e nem é estratificada em castas, como representante do Hinduísmo para tentar explicar o Yoga. Pela primeira vez, o Yoga vai estreitar relações com a biomedicina ocidental, correlacionando chakras com glândulas, nadis com sistema nervoso simpático e para simpático, fisiologia sutíl do yoga em paralelismo com a fisiologia orgância da biomedicina ocidental. Todos os Yoguis moderno a partir de Vivekananda: Kunvalayananda, Shivananda, Khrishnamatcharya, Ayengar e     Pataby Joys, entre outros, vão continuar essa proposição de fazer relação entre yoga e os estudos de outras sociedades, com isso cria-se adaptações na liguagem do yoga.

   No período moderno, que é o que vivemos agora, nós somos muito mais herdeiros do Hatha Yoga , do período medieval, do que do  Raja Yoga, do período clássico, mas a sistematização de Patanjali é a mais conhecida atualmente. Buscando pertinência para o sincretismo com outras culturas e a disseminação do Yoga no ocidente, os próprios professores yoguis desenvolveram inovações e reformulações fazendo o yoga chegar até nós como o conhecemos hoje.
   Para finalizar não podemos esquecer que a Índia foi colonizada pelos ingleses até 1947, então deixou muita influência da sua forma de entender e legitimar a realidade, através principalmente, dessas aéras de conhecimento: educação física, a bio medicina, a ciência e também a religião judáico cristã que vai fazer com que o Yoga se dissemine em outros locais do planeta, e hoje temos por exemplo dessa influência, a teoria de que Jesus foi um grande Yogui.

 

"Como dois pássaros de plumagem dourada, inseparáveis companheiros, assim o Eu individual e o Eu imortal se empoleiram nos galhos da mesma árvore. O primeiro prova as frutas doces e margas da vida, o segundo, nada experimentando, observa calmamente."

Mundaka Upanisad

Referências bibliográficas:

- SIMÕES, Roberto. Valores crenças e propostas do ioga, 2012.
- SIMÕES, Roberto. Yoga, espiritualidade e cura. 2016.
- SIMÕES, Roberto. Cuidar de si, acesse e liberdade com Yoga. 2020.
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